terça-feira, 21 de maio de 2013

A filha da Maria.

Acordou-se pela madrugada sentindo fortes contrações.
Uma mistura de dores e emoções
Queria alguém que a levasse ao hospital,
Tudo que encontrou foi o chaveiro de metal.
Dirigiu-se ao velho carro,
Que ganhou de seu velho pai,
Em sua velha casa.
Ele fazia lembrar sua velha infância,
Onde era apenas uma criança
Que sonhava em ser doutora,
Mas o destino lhe formou em professora,
Dedicada,
Que trabalhava demais e ganhava de menos.
Agora estava à caminho do hospital
Se sentindo muito mal
Por não ter ninguém ao lado.

Segurando sua barriga, seguiu na avenida,
Com contrações de sete em sete minutos,
Pensando a cada segundo
Como seria a vida daquela criança
Sem um pai,
Parecia não existir esperança.





Quando de relance
Ouviu o choro vibrante
E um amor gigante
Pedindo pra viver.
Então Maria pegou sua filha,
Deu beijo na testa,
Foi uma festa.
Uma festa da alma,
Fazendo alegria, de quem seria
Mãe e pai de sua pequenina.
Agora não estaria mais sozinha,
Não estaria mais vazia,
Estaria completa, a Maria.





                                                                                                Texto:  Anna Karla Veloso.

4 comentários:

  1. O medo foi embora quando a parte da Maria chegou <3

    Achei linda essa parte:

    ''Quando de relance
    Ouviu o choro vibrante
    E um amor gigante
    Pedindo pra viver.''

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    Respostas
    1. Parece que eu recebi alguma alma penada pra fazer esse texto, porque eu mesma amei demais. AUHAUH

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  2. Own, ta grávidinha? *-* kkk Lindo texto

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