quarta-feira, 25 de novembro de 2009




Eu achava que não sentiria
Pensava,me enganava.
Mas um dia me deu um negócio,

Incontrolável
Bebi um copo d'água pra passar
Não passou.
Acordei no meio da noite com uma sensação horrível
Aquela sensação de antes.
Insistente. Eu a expulsava,enxotava
Mas ela não ia,ficava.
Saí na rua para espairecer
E te vi passar

Você nem me viu olhar

Desapareceu.
A sensação que era ruim
Tornava-se gostosa a cada segundo
Mas forte ficava a cada momento e me forçava procurá-lo com o olhar.
Cerrei os dentes para impedir a passagem
Do grito que formava-se em minha garganta.
O som saiu abafado. Entrei em casa rapidamente
Com um frio na barriga enorme.

Me encolhi na cama
E fiquei te imaginando
Ao meu lado.
Sentir teu cheiro.
Teu beijo.
Teu olhar sobre mim.
Veja bem,preste atenção

Você nem merece todo esse amor.

É verdade.
Mas a sensação que antes era chata
E que depois tornou-se gostosa... Era amor,meu amor.
Saudade.

domingo, 22 de novembro de 2009

Menina.


Ela é cheia de surpresas.
Anda com um toque de alteza.
Pensa que é uma princesa.
Ela queria ser tudo.
Queria passar de todos.
Não era maldade,era vaidade.

Depois que pisaram tanto nela.
Passava frio,passava fome.
Não tinha um homem.
Nem ninguem para abraçar.
Era sozinha,pequenininha
Apesar da idade.

Então um dia fomos saber a verdade
Sobre essa sua solidão.
Ela Vinha de uma familia boa.
Não era rica.
Mas tambem não era pobre.
Só que tinha muito desprezo
Pelas pessoas ao seu redor.
E essas aos poucos foram se afastando.

Um dia essa bela jovem conheceu um príncipe.
Ele era lindo e encantador.
Fazia tudo que agradasse a sua amada.
Só que ela só dava patada.
Arranjava todos os motivos para brigar.
Arranhar,esfolar,pisar
No coração do próprio rapaz.
Mas uma hora ele se cansou dessa coisa
De ser pisado
E saiu à francesa,da vida dessa linda jovem.
E então ela ficou só
Sem pai,nem mãe,nem dinheiro.
Vivendo às custas da sorte.
Tentando aprender a medir as palavras...

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Mais uma do MEU Camões.


Episódio de Dona Inês de Castro
(Os Lusíadas, Canto III, 118 a 135)

Passada esta tão próspera vitória,
Tornado Afonso à Lusitana Terra,
A se lograr da paz com tanta glória
Quanta soube ganhar na dura guerra,
O caso triste e dino da memória,
Que do sepulcro os homens desenterra,
Aconteceu da mísera e mesquinha
Que despois de ser morta foi Rainha.

Tu, só tu, puro amor, com força crua,
Que os corações humanos tanto obriga,
Deste causa à molesta morte sua,
Como se fora pérfida inimiga.
Se dizem, fero Amor, que a sede tua
Nem com lágrimas tristes se mitiga,
É porque queres, áspero e tirano,
Tuas aras banhar em sangue humano.

Estavas, linda Inês, posta em sossego,
De teus anos colhendo doce fruito,
Naquele engano da alma, ledo e cego,
Que a fortuna não deixa durar muito,
Nos saudosos campos do Mondego,
De teus fermosos olhos nunca enxuito,
Aos montes insinando e às ervinhas
O nome que no peito escrito tinhas.

Do teu Príncipe ali te respondiam
As lembranças que na alma lhe moravam,
Que sempre ante seus olhos te traziam,
Quando dos teus fernosos se apartavam;
De noite, em doces sonhos que mentiam,
De dia, em pensamentos que voavam;
E quanto, enfim, cuidava e quanto via
Eram tudo memórias de alegria.

De outras belas senhoras e Princesas
Os desejados tálamos enjeita,
Que tudo, enfim, tu, puro amor, desprezas,
Quando um gesto suave te sujeita.
Vendo estas namoradas estranhezas,
O velho pai sesudo, que respeita
O murmurar do povo e a fantasia
Do filho, que casar-se não queria,

Tirar Inês ao mundo determina,
Por lhe tirar o filho que tem preso,
Crendo co sangue só da morte ladina
Matar do firme amor o fogo aceso.
Que furor consentiu que a espada fina,
Que pôde sustentar o grande peso
Do furor Mauro, fosse alevantada
Contra hûa fraca dama delicada?

Traziam-na os horríficos algozes
Ante o Rei, já movido a piedade;
Mas o povo, com falsas e ferozes
Razões, à morte crua o persuade.
Ela, com tristes e piedosas vozes,
Saídas só da mágoa e saudade
Do seu Príncipe e filhos, que deixava,
Que mais que a própria morte a magoava,

Pera o céu cristalino alevantando,
Com lágrimas, os olhos piedosos
(Os olhos, porque as mãos lhe estava atando
Um dos duros ministros rigorosos);
E despois, nos mininos atentando,
Que tão queridos tinha e tão mimosos,
Cuja orfindade como mãe temia,
Pera o avô cruel assi dizia:

(Se já nas brutas feras, cuja mente
Natura fez cruel de nascimento,
E nas aves agrestes, que somente
Nas rapinas aéreas tem o intento,
Com pequenas crianças viu a gente
Terem tão piedoso sentimento
Como co a mãe de Nino já mostraram,
E cos irmãos que Roma edificaram:

ó tu, que tens de humano o gesto e o peito
(Se de humano é matar hûa donzela,
Fraca e sem força, só por ter sujeito
O coração a quem soube vencê-la),
A estas criancinhas tem respeito,
Pois o não tens à morte escura dela;
Mova-te a piedade sua e minha,
Pois te não move a culpa que não tinha.

E se, vencendo a Maura resistência,
A morte sabes dar com fogo e ferro,
Sabe também dar vida, com clemência,
A quem peja perdê-la não fez erro.
Mas, se to assi merece esta inocência,
Põe-me em perpétuo e mísero desterro,
Na Cítia fria ou lá na Líbia ardente,
Onde em lágrimas viva eternamente.

Põe-me onde se use toda a feridade,
Entre leões e tigres, e verei
Se neles achar posso a piedade
Que entre peitos humanos não achei.
Ali, co amor intrínseco e vontade
Naquele por quem mouro, criarei
Estas relíquias suas que aqui viste,
Que refrigério sejam da mãe triste.)

Queria perdoar-lhe o Rei benino,
Movido das palavras que o magoam;
Mas o pertinaz povo e seu destino
(Que desta sorte o quis) lhe não perdoam.
Arrancam das espadas de aço fino
Os que por bom tal feito ali apregoam.
Contra hûa dama, ó peitos carniceiros,
Feros vos amostrais e cavaleiros?

Qual contra a linda moça Polycena,
Consolação extrema da mãe velha,
Porque a sombra de Aquiles a condena,
Co ferro o duro Pirro se aparelha;
Mas ela, os olhos, com que o ar serena
(Bem como paciente e mansa ovelha),
Na mísera mãe postos, que endoudece,
Ao duro sacrifício se oferece:

Tais contra Inês os brutos matadores,
No colo de alabastro, que sustinha
As obras com que Amor matou de amores
Aquele que despois a fez Rainha,
As espadas banhando e as brancas flores,
Que ela dos olhos seus regadas tinha,
Se encarniçavam, fervidos e irosos,
No futuro castigo não cuidosos.

Bem puderas, ó Sol, da vista destes,
Teus raios apartar aquele dia,
Como da seva mesa de Tiestes,
Quando os filhos por mão de Atreu comia !
Vós, ó côncavos vales, que pudestes
A voz extrema ouvir da boca fria,
O nome do seu Pedro, que lhe ouvistes,
Por muito grande espaço repetistes.

Assi como a bonina, que cortada
Antes do tempo foi, cândida e bela,
Sendo das mãos lacivas maltratada
Da minina que a trouxe na capela,
O cheiro traz perdido e a cor murchada:
Tal está, morta, a pálida donzela,
Secas do rosto as rosas e perdida
A branca e viva cor, co a doce vida.

As filhas do Mondego a morte escura
Longo tempo chorando memoraram,
E, por memória eterna, em fonte pura
As lágrimas choradas transformaram.
O nome lhe puseram, que inda dura,
Dos amores de Inês, que ali passaram.
Vede que fresca fonte rega as flores,
Que lágrimas são a água e o nome Amores.

Amor do MEU Camões.



Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Luís de Camões

Cartas de amor.


Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.

Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.

As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.

Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.

Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.

A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.

(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas.)


ÁLVARO DE CAMPOS.

(Eu acabei de cometer o famoso ctrl C + ctrl V)

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Besteirol.


Diga-me querido
Quem não faz besteira?
A vida é toda uma brincadeira
Com muitas besteiras envolvidas.
É sim.
Eu faço.
Tu fazes.
Ele faz.
Nós fazemos.
Vós fazeis.
Eles fazem.

Então pra que tanta pegação de pé?
Vai curtir a vida,que é o melhor que fazes.
Ainda dá tempo.

domingo, 8 de novembro de 2009

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Não canso de dizer.

Eu não canso de dizer:

Te amo,te amo.

e se um dia cansares de mim.

Ah,se cansares...Nem tenho idéia do que fazer em relação a isso.

É duro pensar nisso.

Mas se acontecer,

A única coisa a fazer é...

Dizer.

Te amo,te amo!

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Atenção desejada.


Sabe,eu sempre reclamo.Porque nem me dás atenção.
Ou eu acho que não me dás.
Ah,fala sério,amo-te demais.
E eu sei que antes era só eu tu,tu e eu.(akapsaoska)

Te amo demais mãe.Alexandra Lima Veloso.

Outro pedaço do meu bolo.Que se chama vida.

Ontem.






Era pra ser 'O dia mais feliz'.
Embora trouxesse lembranças boas,
não foi um dia agradável.

Amo tanto,
é quem me faz saudade.

Mas é tão louca a vontade de dar-lhe um abraço.

Amo muito,
muito mais que amor
(Sei lá qual é o ápice do amor)
Só sei que acaba se transformando em doença.
Me consumindo e tornando-me
inconscientemente 'dependente'
Minha cabeça dói de tanto lembrar.


Por derramar as lágrimas ao Modo da Casa*,
Meus olhos cansaram de inchar
Vira um costume,
lembrar e entediar-me em seguida.

Mas hoje.Eu me sinto realmente feliz.
Ele finalmente apareceu.
Ele veio me dar aquele abraço tão esperado.
Ele veio pedir-me desculpas pelo desaparecimento.
Dizer-me que estava preocupado,mas eu sei que não mais que eu.

Ah,estou tão feliz,muito.






Minhas palavras pra ti,Nei Carlos de Menezes Silva.Meu pai.Um pedaço enoorme de mim.
Ou melhor,eu sou um pedaço dele,Grande,enorme(como diria a minha prima-irmã.akoapskao)

Hoje então,foi o dia mais feliz da minha vida.Pai.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

tchau...


Hoje,eu recebi a notícia de que ele tinha ido embora.
Tá,eu sei que não era meu pai,nem meu irmão.Nem meu amigo.Quer dizer,colega.Sei lá.
Mas me conhecia desde que eu era uma pirralha.Foi dessa pra melhor na verdade.É,esse mundo tá uma droga,só violência e porcarias mil,portanto,quem se livrar tá com sorte,eu acho,eu acho,sempre acho.Tenho que parar com essa droga de achar...sempre.

Pra ti Celino,era o baixinho mais legal.♥